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31 de agosto de 2010

SHOW DO SCORPIONS NAO SERÁ EM CURITIBA

A Prime Eventos, responsável pelo show do SCORPIONS em Curitiba, anunciou a alteração do local de realização do evento. Conforme nota, ao invés de tocar na Arena da Baixada os alemães se apresentarão na chamada Arena Expotrade, localizada em Pinhais (região metropolitana da capital).

O texto publicado justica que "a mudança foi feita devido a Comissão de Análise dos Grandes Eventos ter julgado o local inadequado para a realização de grandes eventos sem dar satisfações plausíveis. Todos os processos nos órgãos competentes para a liberação do evento estavam devidamente em trâmite. Infelizmente por esse motivo (SIC), mais uma vez o centro de Curitiba terá que ficar fora da rota dos grandes shows".

O primeiro anúncio sobre o show em Curitiba deu a entender que o show seria realizado dentro do Estádio, utilizando o gramado e as arquibancadas. Logo em seguida foi publicado em um jornal que o show aconteceria "em um espaço anexo ao estádio Joaquim Américo e não no campo e arquibancadas do estádio". Tratava-se do estacionamento da Arena, um local amplo, mas que nunca havia sido testado neste tipo de evento. Agora, o evento será em um município vizinho.

O fato de não terem cancelado a apresentação (pelo menos por enquanto) pode ser comemorado. Em 2003, Curitiba perdeu um excelente festival de Rock de maneira semelhante: O Kaiser Music Festival, com as bandas SEPULTURA, THE HELLACOPTERS e DEEP PURPLE seria realizado na Pedreira Paulo Leminski. Um laudo do Corpo de Bombeiros impediu a realização do show naquele local. Então os organizadores optaram pelo Expotrade, local previsto para o show do SCORPIONS.

Porém uma Liminar Judicial baseada em novo laudo dos Bombeiros foi emitida poucas horas antes do show, impedindo qualquer recurso legal ou possibilidade de correção estrutural. Uma das alegações seria o número insuficiente de saídas de emergência.

Segundo reportagem da época, cerca de nove mil pessoas já tinham comprado seus ingressos. Aliás, quando a decisão veio a público já havia um grande fila de roqueiros no local.
 
Veja duas Kaiser e uma saída de emergência, por favor...

E sete anos depois a novela se repete: Insatisfação, burocracia e mudança de município.

É esperar pra ver...ou não...


Quer acompanhar outros posts do Roqueiro Curitbano sobre a dificuldade para a realização de determinados shows em Curitiba? Clique AQUI e AQUI.

24 de agosto de 2010

PETER FRAMPTON EM CURITIBA

Ontem pela manhã eu realizava uma atividade doméstica (não, minha mulher não mandou eu lavar a louça...) quando ouví em uma das rádios "rock" uma vinheta anunciando a vinda de PETER FRAMPTON ao Brasil.
 
 
Imaginando que a chamada ofereceria excursões e ingressos para shows em São Paulo e no Rio de Janeiro, ignorei o anúncio e continuei com meus afazeres. Mas logo em seguida ouço a mesma vinheta anunciar "Dia 16 de setembro, no Teatro Guaíra". Imediatamente soltei um sonoro "Puta que pariu!" e corri para a internet.

O anúncio foi rápido e ontem foi o primeiro dia de vendas de ingressos. Ainda nas primeiras horas do dia vários ingressos já haviam sido vendidos, mesmo com preço salgados. 

Assistir a um dos maiores guitarristas de todos os tempos, o qual recentemente foi premiado com um Grammy e tem o álbum ao vivo mais vendido da história da música nas dependências do Teatro Guaíra vai ser simplesmente um tesão. Quem assistiu ao show do ALICE COOPER no mesmo local em 2007 sabe do que estou falando.

Portanto, se você curte FRAMPTON, CORRA!


22 de agosto de 2010

REVISTA CLASSIC ROCK TRAZ MINI ALBUM DE BACHMAN E TURNER

A edição da Revista Classic Rock Magazine do mês de agosto traz várias matérias interessantes e novidade do mundo do verdadeiro Rock and Roll.
 
 
Mas neste caso a cereja é melhor do que o bolo, já que a publicação traz neste mês um CD com oito faixas chamado Forged in Rock. Trata-se de uma prévia oficial do novo disco da dupla canadense BACHMAN and TURNER, previsto para sair em setembro.
 
Além de quatro faixas inéditas (que estarão no novo disco) o CD ainda traz quatro regravações de clássicos do BACHMAN-TURNER OVERDRIVE que não farão parte do novo álbum. Isso torna a bolachinha digital ainda mais exclusiva.

Sobre as músicas, fico feliz em dizer que o bom e velho Rock 'N Roll está extremamente bem representado.

Ao ouvir a faixa "Rollin' Along" senti algo circulando em minhas veias como há muito não acontecia. Essa é para ouvir dirigindo. Mas não tão rápido.

A segunda faixa é uma regravação de "Let It Ride" totalmente fiel à original. Muito boa.

A música seguinte é a nova "Slave To The Rhythm", primeira faixa do CD com RANDY no vocal. É mais rápida e coletiva, com uma batida muito bacana.

Na música "Find Some Love" achei que tinha selecionado alguma faixa do LED ZEPPELIN, mas logo ouvi RANDY  executando um vocal muito bem mixado.

A quinta faixa é "Takin' Care of Businness". Boa regravação deste clássico sensacional que influenciou até o estilo de ELVIS PRESLEY. Duvida? Então pesquise.

Na sequência temos a encorpada "Moonlight Rider", meio Rock e meio Blues. Um clássico dos anos setenta em pleno século XXI.

A faixa seguinte é "Rock is my Life", originalmente gravada no álbum Not Fragile (1974) com o nome "Rock is my Life (and This is my Song)". Para mim é um hino. Ficou excelente.

O CD termina com uma versão eletrônica da canção "You Ain't Seen Nothin' Yet". A maioria dos roqueiros não esperaria por esta versão moderna.

Mesmo com o novo álbum saindo no próximo mês, o mini album publicado na revista tem faixas exclusivas e provavelmente se torne um raro item no futuro.
Se você tiver a oportunidade de adquirir este material, não perca a chance.

 

19 de agosto de 2010

ROQUEIRO CURITIBANO NO TOP BLOG 2010

Dias atrás recebi um e-mail sobre a indicação do Blog Roqueiro Curitibano para concorrer ao Prêmio TOP BLOG 2010. 

  
Mesmo sabendo que o Blog foi convidado em segunda chamada fiz a inscrição. E agora conto com os votos dos fiéis roqueiros que acompanham esta humilde publicação.

Para votar é simples: Basta clicar no BANNER LOCALIZADO NO CANTO ALTO DIREITO DA PAGINA, colocar seu nome, seu e-mail e votar. Depois, você deve apenas confirmar seu voto pelo e-mail que o TOP BLOG encaminhará para você!

Desde já agradeço!

9 de agosto de 2010

SHAKIN' STEVENS É LEVADO AO HOSPITAL POR EXAUSTÃO

SHAKIN' STEVENS, um dos maiores nomes da música dos anos oitenta, foi hospitalizado há alguns dias na cidade de Windsor, na Inglaterra. O motivo foi um desmaio sofrido pelo artista enquanto estava em casa.

Foto: Daily Mail

O cantor Galês, de nome real MICHAEL BARRATT, está com 62 anos e vive um momento de pressão na sua carreira. O artista estará comemorando 30 anos de carreira solo em outubro e sentiu o peso de gravar um novo disco para a data. Porém, tal lançamento pode ser adiado para fevereiro de 2011.

SHAKY, como é mais conhecido pelos fãs, tem uma carreira de enorme sucesso. Começou a fazer sucesso com o grupo SHAKIN STEVENS AND THE SUNSETS. Em 1980 estourou com o hit "Hot Dog" em carreira solo e logo alcançou as paradas. Aliás, ele é um dos intérpretes que mais colocou faixas nas paradas do Reino Unido em todos os tempos. No Brasil, fez muito sucesso com as músicas "You Drive Me Crazy" e "Give Me Your Heart Tonight".

STEVENS vinha realizando uma série de apresentações nos últimos meses e algumas datas deverão ser alteradas. A apresentação do artista no Big Hull's Party In The Park prevista para 04 de setembro foi suspensa. Neste evento, o cantor RICK ASTLEY substituirá SHAKY.


1 de agosto de 2010

MEMBROS ORIGINAIS DO KISS EM ENTREVISTAS ÁCIDAS

Recentemente o ex-baterista do KISS, PETER CRISS, concedeu entrevista para o site KISSFAQ.COM. No mesmo período foi a vez do guitarrista e vocalista PAUL STANLEY falar com a revista SPIN a respeito da banda. Enquanto um não poupou críticas o outro elogiou demasiadamente o atual momento dos mascarados.

Confira neste post as duas entrevistas (publicadas no site Whiplash.net):

ENTREVISTA DE PETER CRISS PARA O KISSFAQ
 
 
O KISSFAQ gostaria de agradecer a Peter por tomar seu tempo lendo esse questionário e mais ainda por respondê-lo! Também gostaríamos de agradecer a Gigi Criss por toda sua ajuda!
 
KISSFAQ: Peter, você é um sobrevivente do câncer. Parabéns! Você poderia nos dizer como descobriu que tinha câncer?
 
Peter Criss: É uma longa, longa história. A imprensa fez muito alarde.
 
KISSFAQ: Qual foi sua reação ao descobrir que era câncer de mama?
 
Peter Criss: "Puta merda!"
 
KISSFAQ: Quanto tempo durou o tratamento? Artigos na impressa mencionaram cirurgia, você precisou de quimioterapia?
 
Peter Criss: Não, porra nenhuma, graças a Deus!
 
KISSFAQ: O câncer recebeu grande atenção da imprensa. O que você acha da cobertura dada?
 
Peter Criss: Muito boa, mas precisamos de mais.
 
KISSFAQ: A CNN mencionou que sua esposa também lutava contra um tipo de câncer. Esperamos que ela também esteja bem.
 
Peter Criss: Obrigado, ela está.
 
KISSFAQ: O câncer também afetou Eric Carr. Recentemente, Ronnie James Dio foi diagnosticado e está em tratamento (Nota: a entrevista foi realizada antes do seu falecimento). Você acha que as estrelas do rock, como muitos dos anos 70 e 80, devem usar sua publicidade para aumentar a conscientização?
 
Peter Criss: Sim.
 
KISSFAQ: A impressa noticiou que você descobriu o câncer em 2007. Esse foi o ano em que lançou seu álbum solo, "One for All". Isso alterou os planos de publicidade em torno do lançamento do disco?
 
Peter Criss: Eu descobri depois de "One for All".
 
KISSFAQ: Em retrospecto, o que você sentiu em relação ao disco?
 
Peter Criss: Eu fiquei muito orgulhoso dele. Um grande trabalho!
 
KISSFAQ: É evidente que você colocou muito coração e esforço neste álbum, você tem uma música favorita?
 
Peter Criss: "Last Night", "Hope", "Send in The Clowns".
 
KISSFAQ: Considerando o Kiss, eu sempre amei a idéia de fazer um cover de "Send in The Clowns", por isso fiquei emocionado quando você fez (obrigado!). O que o levou a fazer essa cover?
 
Peter Criss: Deixar a banda.
 
KISSFAQ: É verdade que "Hope" foi rejeitada no álbum "Psycho Circus"?
 
Peter Criss: Sim.
 
KISSFAQ: Houve outro material que você enviou e que foi rejeitado no disco "Psycho Circus"?
 
Peter Criss: Tommy e eu escrevemos uma música para este álbum.
 
KISSFAQ: Em suma, o que "Psycho Circus" significa pra você já que é de conhecimento comum o fiasco que esse álbum foi)?
 
Peter Criss: Um fiasco!
 
KISSFAQ: Eu amo o sentimento de "Faces in The Crowd". Qual a sua impressão de estar lá em cima atrás de sua bateria olhando para a multidão? Somando-se todas as emoções.
 
Peter Criss: O homem mais sortudo do mundo. Abençoado!
 
KISSFAQ: Você está gravando novamente com Mike McLaughlin, como fez para o "One For All". Você manteve contato com ele após a reunião e o que o levou a unir-se musicalmente com ele depois que você deixou o Kiss?
 
Peter Criss: Sempre estive em contato com Angel, amo seu jeito de tocar; nós trabalhamos bem juntos.
 
KISSFAQ: E quanto aos ex-membros da CRISS? Você manteve contato com algum deles?
 
Peter Criss: Mark Montague.
 
KISSFAQ: Voltando a CRISS, nós perdemos Mark St. John em 2007. Como você se prendia em sua música?
 
Peter Criss: Estará em meu livro!
 
KISSFAQ: Como resumiria Mark?
 
Peter Criss: Estará em meu livro!
 
KISSFAQ: Algum plano de liberar o excelente cover que você fez de Lee Michaels, "Do Ya Know What I Mean?" (É um dos meus demos favoritos).
 
Peter Criss: Obrigado, mas não.
 
KISSFAQ: Falando em guitarristas do Kiss, houve boatos que no fim dos anos 80 você tinha escrito com Vinnie Vincent. Alguma verdade nisso?
 
Peter Criss: Sim, nós escrevemos. Eu gosto muito dele. Ele é um cara muito talentoso.
 
KISSFAQ: Voltando ao "Angel", ele e Mark tiveram um projeto, "One of a Kind", que contou com várias canções da CRISS, como "Golden Arm", "U Gotta Know" e "The Shooter/My Reality". O que você pode nos dizer sobre essas canções, a última que contou com uma performance ao vivo da CRISS?
 
Peter Criss: Eu escrevi essas canções há muito tempo com Mark Montague. Eu não tive nada a ver com seu CD.
 
KISSFAQ: Há registros ASCAP para canções como "Bohemia", "Cat Nap" e "Crossroads". Você tem planos para esses materiais?
 
Peter Criss: Futuro.
 
KISSFAQ: Richie Scarlet informou em setembro do ano passado que ele tem 10 músicas com você, como baixista, para um álbum de rock. Quais são seus planos atuais para lançamento de qualquer álbum?
 
Peter Criss: Muito em breve?
 
KISSFAQ: Como você descreve o material?
 
Peter Criss: Novo pra mim.
 
KISSFAQ: Qual foi sua abordagem em relação às letras?
 
Peter Criss: Trabalho duro, música depois palavras.
 
KISSFAQ: Você usou um produtor ou foi auto-produzido?
 
Peter Criss: Auto-produzido.
 
KISSFAQ: Richie mencionou que Angel estava envolvido. Você já trabalhou sozinho no projeto?
 
Peter Criss: NÃO.
 
KISSFAQ: Falando em projetos, você gravou "Space Ace" para seu álbum de 2007. Você já ouviu o novo álbum do Ace, em caso afirmativo quais seus pensamentos?
 
Peter Criss: Eu gosto de algumas (músicas) dele.
 
KISSFAQ: Estamos há quase 10 anos desde que Eric Singer usou pela primeira vez sua maquiagem. Como a passagem do tempo afeta os sentimentos por algo que você criou e que ficou famosa?
 
Peter Criss: No livro!
 
KISSFAQ: Independente do seu não-envolvimento, como você se sente sobre o Kiss continuar há quase 38 anos desde que você começou a se envolver com Gene e Paul?
 
Peter Criss: Bom para o Gene e Paul.
 
KISSFAQ: Há certa confusão sobre quando você e Ace se juntaram a Gene e Paul. Você se lembra quando a reunião no Eletric Lady aconteceu, e há alguma verdade que Gene e Paul estavam fazendo uma gravação com Lyn Christopher?
 
Peter Criss: No meu livro e em tantos outros.
 
KISSFAQ: Em algum momento o Kiss terá seu "fim". Como você gostaria de ver o fim da banda e gostaria de estar incluso junto com Ace, talvez como um especial dos shows originais?
 
Peter Criss: A banda Kiss encerrou com Ace e eu parei de jogar com eles.
 
KISSFAQ: Que música faz/fez você se realizar mais, e por quê?
 
Peter Criss: "Beth".
 
KISSFAQ: Existem músicas que você não gostou do desempenho?
 
Peter Criss: "I Was Made For Lovin' You".
 
KISSFAQ: Seu álbum solo de 1978 é frequentemente negligenciado, ou simplesmente não apreciado por ser diferente do que o Kiss estava lançando na época. O que o levou a usar outro som em seu álbum?
 
Peter Criss: Em meu livro.
 
KISSFAQ: Conte-nos sobre o deslumbrante "I Can't Stop The Rain".
 
Peter Criss: Uma das minhas músicas favoritas. Sean Delaney escreveu pra mim.



ENTREVISTA DE PAUL STANLEY PARA A REVISTA SPIN
 
 
Spin: O que os fãs do Kiss verão nessa turnê que não tenham visto antes?
 
Paul Stanley: Tem mais pirotecnia. O palco todo, em sua essência, é uma tela de video, todos os amplificadores tornam-se telas de vídeo e também existe uma maciça estrutura de telas de video atrás de nós. As projeções são fenomenais. Tem uma parte do show em que Eric (Singer) e Tommy (Thayer) fazem um grande duelo musical. Estamos usando a tecnologia para fazer uma arma maior e melhor.
 
Spin: Uma arma do amor (Love Gun).
 
Paul Stanley: (Risos) É uma arma que é melhor do que ter uns caras dançando em volta tentando montar uns nos outros enquanto alguém dubla.
 
Spin: Você está no palco com fogos de artificio estourando às suas costas por 35 anos. O que o mantém atual?
 
Paul Stanley: A primeira ordem é agradar a nós mesmos. Estamos mudando as coisas pelos fãs? Estamos mudando as coisas por nós. Você deve ter em mente que começamos tudo querendo ser a banda que nunca vimos. Essa continua a ser a filosofia. Nós queríamos fazer o melhor show possível por nós. Eu quero que a banda viva ao máximo tudo que ela possa ser. Então esta turnê, que é uma continuação da Sonic 'Boom Over Europe tour', é de longe o melhor e maior show que já fizemos. Eu acho isso. Os fãs acham isso. E os críticos, felizmente, também acham.
 
Spin: Qual sua parte preferida do show?
 
Paul Stanley: Voar por cima do público sempre é legal. A entrada do show é espetacular. É heróico e vibrante. Sutileza não combina com nosso nome. Se você acha que vai gastar seu dinheiro suado para ver um cara com um violão sentado num tapete cantando algo sobre salvar as baleias, você está no show errado.
 
Spin: Quanto tempo vocês gastam pensando em todos os elementos teatrais do show em contrapartida à música.
 
Paul Stanley: Nós gastamos todo o final de semana passado apenas ensaiando as músicas. Qualquer um com dinheiro pode montar um show como o Kiss, mas não podem ser o Kiss. Depois que toda a fumaça, os fogos e as luzes se forem, é bom que você tenha boa música, ou não será o suficiente.
 
Spin: Sou um grande fã do seu bate-papo com o público nos palcos. Você sabe que existe uma coletânea chamada "Let Me Get This Off My Chest", onde alguém juntou um monte de coisas que você diz entre as músicas?
 
Paul Stanley: Sim, eu sei disso. Não sou um presunto, sou o porco inteiro.
 
Spin: Você planeja essa conversa com o público?
 
Paul Stanley: Não. As coisas que eu falo se tornam parte do show? Claro. Apenas ir lá e improvisar todas as noites significa que você tem as mesmas chances de cair de bunda quanto de vencer a corrida. Estamos garantindo que você receba o que esperava. Então, o papo com o público se torna parte do show? Claro. Estou sempre empurrando os limites e tentando achar outras coisas pra falar, mas sejamos honestos, uma jóia na noite passada, ainda é uma jóia esta noite.
 
Spin: Mas o tom de sua voz quando conversa com público é fantástico. É como uma mistura do sotaque de Nova York com uma fala Black Jive (nome dado a maneira de falar comum entre os musicos de jazz posteriormente incorporada pelos hippies) e coisas meio drag queen.
 
Paul Stanley: É uma confusão. É engraçado pois Eric estava escutando algumas de minhas conversas com o público, e ele diz que soa como James Brown. Um pouco disso está lá com certeza. Um pastor evangélico está lá. Um comentarista de esporte está lá. E também há um motorista de táxi de Nova York, que eu já fui.
 
Spin: Você dirigiu um táxi?
 
Paul Stanley: Oh sim. Eu me lembro de levar pessoas para ver Elvis no Madson Square Garden pensando, 'Um dia pessoas vão ser deixadas de taxi para me ver'. Então sim, a conversa do público não vem de um personagem criado. É um monte de elementos diferentes de quem eu sou e de quem eu vi. Eu vi Otis Redding no palco. Eu vi Led Zeppelin. Eu vi Buddy Guy e John Lee Hooker. Se havia música lá fora, eu vi. Se eu absorvi tudo? Pode apostar. E tem um monte de gente neste momento aí fora fazendo música com o que absorveu do que fazemos.
 
Spin: De certa forma, eu pergunto se o legado do Kiss ultimamente não tem mais a ver com negócios do que música. Vocês sempre pensaram além a respeito de coisas como branding e merchandising.
 
Paul Stanley: Orgulhosamente sim. O lado de negócios da banda é algo que outras bandas não podem fazer. Elas não conseguem fazer. Não é do interesse de seus fãs. Ninguém quer uma fivela de cinto do Eagles.
 
Spin: Mas as pessoas querem caixões, camisinhas e perfumes do KISS?
 

Paul Stanley: O Kiss sempre extrapolou os limites do que as bandas podem fazer. Não que algumas dessas outras bandas não gostariam de fazer, o fato de elas bisbilhotarem no que fazemos é mais inveja do que qualquer outra coisa.
 
Spin: Vocês estão excursionando novamente com Eric Singer na bateria e Tommy Thayer na guitarra. Você sente que os fãs os aceitaram como membros da banda?
 
Paul Stanley: Tommy e Eric não são os caras novos, eles são 'os caras'. É claro que temos alguns fãs mais radicais que pensam da sua própria forma, mas acabamos de voltar de uma turnê e o menor público foi de 10 mil pessoas, o maior foi de 90 mil pessoas e a maioria entre 40 e 50 mil pessoas. A turnê foi realmente sobre a banda de agora. Me desculpem pela má notícia inesperada para alguns, mas esta é a verdade.
 
Spin: Você pensa em um dia quando alguém poderia substituir você na banda? Você passaria a batuta para um novo KISS?
 
Paul Stanley: Isto é interessante. Se eu pudesse sempre estaria no palco. Mas eu nem sempre estarei apto para estar no palco. Nesse ponto, alguém deveria estar lá em meu lugar. Embora meu ego seja grande, eu não acredito que não possa ser substituido. Eu não inventei a roda. Existe alguém aí fora que pode fazer o que eu faço, talvez um pouco diferente. Eu acredito que o Kiss é maior que os seus membros individualmente. Eu ficaria orgulhoso de saber que estou certo e ter alguém lá no meu lugar quando for chamado. Isso não será em breve, mas algum dia poderá acontecer.
   

SHOWS INESQUECÍVEIS: BRUCE KULICK - OPERA1, CURITIBA - 08/12/2007

No ano de 2007, o guitarrista BRUCE KULICK anunciou sua vinda ao Brasil para um evento em Campinas (SP) chamado KISS FEST. O evento foi realizado com êxito, mas muitos fãs não tiveram a oportunidade de ir para São Paulo acompanhar a apresentação. Alguns ainda estavam tentando deixar a frustração de lado quando foi anunciada a volta de BRUCE ao Brasil para dezembro do mesmo ano! As apresentações ocorreriam em São Paulo, Belo Horizonte e Curitiba.
 
Poster de divulgação
 
BRUCE KULICK é certamente um dos maiores guitarristas da história do Hard Rock. Irmão de outro gênio da guitarra, BOB KULICK, iniciou sua carreira profissional em 1975. Dois anos depois, já participava da banda de MEAT LOAF. Em seguida criou o grupo BLACKJACK, que tinha o galã MICHAEL BOLTON nos vocais.
 
Ingresso para o show

Em 1984, se tornou guitarrista solo do KISS ao substituir MARK ST. JOHN, gravando os albums Asylum, Crazy Nights, Smashes, Thashes & Hits, Hot in the Shade, Revenge, Alive III, MTV Unplugged e Carnival of Souls, além dos videos KISS Exposed, X-Treme Close-Up e MTV Unplugged. Posteriormente, lançou carreira solo e participou de projetos como UNION e ESP, dentre outros. Também faz parte da formação mais recente de outra banda antológica, o GRAND FUNK RAILROAD.
  
Bruce Kulick na Rua XV de Novembro
   
BRUCE aproveitou bem a sua passagem pela capital paranaense. Como ele mesmo relatou em seu site oficial, visitou algumas lojas, esteve em um programa de rádio para promover a apresentação, passeou pela Rua XV e se impressionou com as nossas churrascarias. A apresentação de KULICK em Curitiba foi marcada para o OPERA1, saudosa casa roqueira. A abertura estava prevista para as sete da noite. Fazia muito calor naquele sábado e o público "hardeiro" formou uma enorme fila no lado de fora. Com mais ou menos uma hora e meia de atraso o local abriu as portas.
  
Fã e Bruce
 
Lá dentro formou-se outra fila para subir aos camarotes da casa, onde KULICK recepcionou os fãs, tirou muitas fotos e distribuiu educadamente centenas de autógrafos. Também era possível comprar material do guitarrista. Depois de garantir fotos e autógrafos, tratei de conseguir um bom lugar na platéia.
 
O som começou a rolar com a banda curitibana MOONSHINE, que tocou clássicos de BON JOVI, SURVIVOR e outros. A galera não precisou se espremer na frente do palco. Assim, foi possível tomar uma cerveja bem gelada e curtir Rock em clima de barzinho.
 
Bruce Kulick e Banda Mundo Cão
  
Lá pela meia-noite, BRUCE KULICK subiu ao palco e teve como apoio a banda paulista MUNDO CÃO. Para quem achou que fotos e autógrafos de um dos maiores nomes da guitarra mundial já eram suficientes, foi possível ver de perto a execução de solos originais do KISS, como nas músicas “Forever”, “Crazy Crazy Nights” e “Unholy”. O guitarrista também deu uma palhinha de sua carreira solo ao executar a faixa “Jump the Shark”, do álbum Transformer (2003). Impressionante como o tempo parece não passar para BRUCE, que consegue manter a qualidade de sempre em todas as suas apresentações.
  

O público cantou em peso, especialmente nas músicas “Tears are Falling” e “God Gave Rock ‘n’ Roll To You” que encerrou a apresentação. Que noite!
 
Num clima extremamente amistoso, todos saíram satisfeitos. O KISS ARMY CURITIBA certamente teve uma de suas noites mais felizes!
 

BRUCE KULICK:
BRUCE KULICK – Autógrafos, Fotos, Guitarra e Voz.
 
BANDA MUNDO CÃO:
ZECA SALGUEIRO – Voz e Biaxo;
FABIO GADEL – Voz e Guitarra;
MARCOS LIMONE – Bateria.
 
MÚSICAS:
Strutter
Unholy
Domino
Jump the Shark
Forever
Tears Are Falling
I Love It Loud
Lick It Up